Os
presidentes das associações estaduais de produtores nordestinos de cana
se reuniram nesta quarta-feira (14/01/2014), no Recife, para discutir sobre as
estratégias que tomarão em defesa do setor neste ano. Dentre elas, as
formas para conquistar o direito de renegociar as dívidas rurais em
condições especiais, bem como a manutenção do programa de subvenção
econômica do governo federal. A reunião, que será realizada na
Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, integra o calendário
de atividades da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida).
A
Unida continua lutando para que todos os produtores da Zona da Mata
nordestina recebem os mesmos benefícios que a Lei 12.872 dá aos
agricultores do Semiárido e do Agreste. A legislação garante descontos
significativos para renegociar as dívidas. Pelo projeto original da Lei,
originária da MP 618, de relatoria do senador Eunício Oliveira
(PMDB-CE), o benefício seria para todos localizados na área de
abrangência da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste
(Sudene). Mas, a sugestão foi vetada pelo governo. “Isso foi um absurdo,
porque excluiu 30% dos produtores nordestinos” disse o presidente da
Unida, Alexandre Andrade Lima. Ele antecipou que vai buscar formas de
inserir o debate novamente no Congresso Nacional.
O
pagamento e a manutenção da subvenção econômica federal serão também
discutidos pelos dirigentes canavieiros. O segmento continua recebendo o
pagamento da subvenção referente à safra 2011/2012. Ele estava
programado para ser concluído em 2013, mas foi contingenciado pelo
Tesouro Nacional. Falta ser pago R$ 53 mi dos R$ 148 programados. Serão,
portanto, discutidos na reunião, as formas para conclusão do pagamento.
Cada produtor recebe R$ 12 por cada tonelada de cana. O subsídio é
limitado a 10 mil toneladas fornecidas na safra 2011-2012.
Lima
informa que também debaterá sobre a manutenção da subvenção para as
novas safras, sobretudo, referente à safra 2012-2013, que foi o auge da
seca no Nordeste, reduzindo bastante a produção canavieira, prejudicando
fortemente o agricultor. O setor defende a manutenção do programa de
subvenção para os próximos 10 anos, com valor de R$ 12, reajustado por
ano. A proposta já foi formulada e será apresentada no Comitê Temático
Interinstitucional para Recuperação do Setor Sucroenergético – grupo
recém-criado pela Sudene. Em junho, o Comitê apresentará todas as
propostas aos ministros da presidente Dilma Rousseff.
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